Jovem do Centro da Juventude Lomba do Pinheiro relata seu caminho até emprego em instituição financeira
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Morgana de Lima, do Centro da Juventude (CJ) Lomba do Pinheiro, foi contratada recentemente para o cargo de desenvolvedora por uma instituição financeira nacional. A oportunidade surgiu quando ela participou do programa Nova Geração, do Instituto Caldeira, no segundo semestre de 2022, após encaminhamento do Programa de Oportunidades e Direitos (POD).
A jovem de 18 anos entrou no CJ para buscar cursos profissionalizantes, onde, em um primeiro momento, investiu no curso de moda. "Eu gostava muito de costurar e meus pais chegaram até a comprar uma máquina pra mim, mas com o tempo vi que essa área seria apenas um hobby", relata Morgana, que, em seguida, iniciou os estudos em robótica. "Sempre gostei muito de tecnologia, mas nunca havia tido muito contato. Foi nessa época que dei meus primeiros passos nesse ramo".
Após essa fase, a moradora do bairro da Lomba do Pinheiro se tornou multiplicadora, função onde os jovens devem atuar como líderes, tendo o dever de agregar mais participantes para o seu CJ e promover uma cultura de paz nos bairros em que vivem. Ela relata que este foi um período onde pôde desenvolver sua visão sobre questões políticas. "Eu não me identificava muito com esses assuntos, mas eu acabei gostando demais. Percebi que há coisas muito maiores nisso, que mexem com a vida de todos, inclusive com a minha", afirma.
No início do segundo semestre de 2022, Morgana teve a possibilidade de participar, por meio do CJ Lomba do Pinheiro, do programa Nova Geração do Instituto Caldeira. A iniciativa tem o objetivo de capacitar estudantes de escolas públicas, de 16 a 24 anos, para as áreas de programação, marketing digital, gestão e vendas e UX e UI Design. Eram 750 participantes, onde 50 seriam selecionados para a etapa seguinte, o Geração Caldeira. Morgana foi selecionada, podendo dar continuidade aos seus estudos no local, ser encaminhada para o mercado de trabalho e também receber uma bolsa financeira mensal.
"Comecei a participar dessa comunidade incrível que os gestores faziam de tudo para estarmos em boas empresas. Então, eu me inscrevi no processo seletivo do Agi Bank e algumas semanas atrás fui comunicada que iria trabalhar como desenvolvedora com eles", conta a filha de porteiro e empregada doméstica que, ao saber da notícia, foi tomada pela emoção. "Foi um enorme trajeto pra chegar até aqui, de cerca de mais ou menos três anos. Quando eu contei para os meus pais, nós ficamos muito comovidos e eu, particularmente, chorei muito".
Ela acredita que se não fosse pelo Centro da Juventude, jamais estaria onde se encontra agora. "Somente lá poderia fazer esse link entre eu e o Instituto Caldeira. Os jovens serem vistos e receberem oportunidades é essencial pra criar um futuro digno e no CJ eu encontrei isso", afirma Morgana.
Confira o vídeo da entrevista completa clicando aqui.